Com ILPF, Brasil mostra tecnologia de baixa emissão de carbono na COP 23

EMBRAPA - O avanço da adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no país será ressaltado pela comitiva brasileira que participa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 23. O evento teve início na última segunda-feira e irá até o dia 17 em Bonn, na Alemanha.

A ILPF é uma das tecnologias que fazem parte do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). De acordo com pesquisa encomendada pela Rede ILPF, o Brasil possuía em 2016 11,5 milhões de hectares com alguma configuração de integração de sistemas. O número, em crescimento, é dez vezes maior do que a área ocupada pela tecnologia em 2005.
O dado mostra ainda que o Brasil já cumpriu há três anos a meta estipulada pelo Plano ABC em 2009, que era de aumentar em 4 milhões de hectares a área com ILPF até 2020. Com o Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, ratificado pelo governo brasileiro em 2016, entretanto, mais 5 milhões de hectares foram acrescentados à meta, com previsão de ser atingida até 2030.
Tecnologia sustentável
A ILPF é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Podendo ocorrer com cultivo consorciado, rotacionado ou em sucessão, de forma que haja interação benéfica entre os componentes. Pode ocorrer com os três componentes (ILPF), ou com as combinações de dois a dois (ILP, ILF, IPF). 
Entre as vantagens desse sistema produtivo estão a intensificação sustentável do uso da terra, a diversificação da produção, a geração de emprego e renda, a conservação do solo, o melhor uso dos recursos naturais e dos insumos, a redução da pressão pela abertura de novas áreas, o bem estar animal e também a mitigação das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Como a ILPF se baseia em preceitos conservacionistas, como o plantio direto na palha, a rotação de culturas e a recuperação de pastagens, ela contribui para a maior eficiência produtiva e para aumentar a matéria orgânica no solo.
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Foto: Paulo Palma Beraldo/De Olho no Campo