De Olho na Agrifam: Defesa Agropecuária atende o produtor rural na Feira

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está na Agrifam com um posto de apoio para orientar o visitante interessado sobre as normas de registro de estabelecimento e produtos de origem animal, na forma artesanal, familiar ou convencional. 

É a oportunidade de o agricultor familiar conversar com um representante do Serviço de Inspeção de São Paulo (SISP) sobre assuntos de interesse para que ele possa tomar a decisão correta na produção de alimentos de origem animal.

Como informa Maria Fernanda Garnica, médica veterinária da Defesa, “Nossa função durante a feira é manter um diálogo com o produtor, com o objetivo de orientá-los sobre a produção de alimentos dentro das especificações que estabelece a legislação para que o produto possa ser comercializado sem risco para a saúde do consumidor”.

A Defesa Agropecuária é o órgão da Secretaria responsável pelo registro dos estabelecimentos e dos produtos e subprodutos de origem animal (carne, leite, ovos e mel) para comercialização com o selo SISP. Tem sobre sua competência o registro de 588 estabelecimentos de produtos de origem animal. Deste total, 25 são estabelecimentos artesanais voltados principalmente às atividades de produção de mel e leite.

Durante a visita à feira o produtor poderá também aprender um pouco mais sobre os morcegos hematófagos (Desmodus rotundus) que é o principal transmissor da raiva dos herbívoros. 

Um painel com destaque para a espécie demonstra o trabalho desenvolvido pelo governo de São Paulo no combate a raiva e proteção à saúde animal e do ser humano, pois raiva é uma zoonose grave e letal para os animais e seres humanos. Também o ajuda na identificação da espécie, e as providências a serem tomadas quando notar mordeduras nos animais.

Segundo Dr. Paulo Antonio Fadil, médico veterinário responsável pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, “existem 173 espécies de morcegos no Brasil, mas o controle, em função do risco da raiva nos herbívoros, é feito na espécie Desmodus rotundus, que é realizado pelo serviço oficial de defesa, por pessoal habilitado e imunizado, devido à necessidade de conhecimento para a identificação dos morcegos capturados e o alto risco de contrair a doença para quem os manipulem”.

No Estado estão cadastrados e georeferenciados 4.043 abrigos que são inspecionados regularmente pelas equipes da Defesa. Deste total 17% são abrigos naturais (tocas, grutas, cavernas e ocos de árvores) e 83% são abrigos artificiais (bueiros, túneis, tubulações em rodovias, minas, casas abandonadas). 

Nas visitas realizadas capturas de morcegos que recebem aplicação da pasta vampiricida, que também é aplicada nos locais de mordeduras nos animais, para o extermínio da colônia.

Como informa João Gustavo Pereira Loureiro, médico veterinário “os animais mais comumente afetados pela raiva são os bovinos e equídeos, mas todos os mamíferos são suscetíveis. Quando doentes estes animais apresentam sinais neurológicos, sendo que os mais comuns são a paralisia dos membros, a falta de coordenação motora e a salivação. Apesar da vacinação contra a raiva não ser obrigatória, é recomendado que os produtores rurais vacinem os animais dos rebanhos nas regiões onde existe ocorrência endêmica.”

Este ano já foram registrados 64 casos de raiva em herbívoros (principalmente em bovinos e equídeos). Flávio Hilário da Silva, técnico agrícola do Escritório de Defesa Agropecuária de Jaú lembra que “sempre em nossos atendimentos às notificações de animais agredidos orientamos que o produtor rural não manipule qualquer espécie de morcego e, tendo conhecimento de abrigos, deve entrar em contato com uma unidade oficial de defesa agropecuária”.

Fonte: Teresa Paranhos
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento