Show de tecnologias do agronegócio em Rio Verde

Há 14 anos, cidade atrai gente do Brasil inteiro para conhecer inovações agropecuárias na maior feira do Centro-Oeste, a Tecnoshow Comigo

Reportagem e Infográficos: Paulo Palma Beraldo

Uma cidade que na década de 1980 tinha 75 mil habitantes, com algumas indústrias e uma economia pouco desenvolvida. Em 2015, um dos municípios que mais cresce no Brasil, com 200 mil habitantes e uma economia puxada pela força do agronegócio. Localizada no sudoeste goiano, essa é Rio Verde, que permite acesso às regiões Norte e Nordeste, e graças a isso, vem se tornando um pólo do agronegócio no Brasil.


Com empresas do porte de BR Foods (antiga Perdigão) e da multinacional Cargill, o município conta com indústrias produtoras de embalagens, de refrigerantes e do setor alimentício, que transformam milho e outros grãos em dezenas de produtos. Há ainda frigoríficos, cooperativas, distribuidoras de máquinas e equipamentos agropecuários, além da criação de aves, suínos e bovinos, transformando a cidade em um dos maiores complexos de produção de alimentos do país. Sem falar da rede de bancos e das 22 cidades da região que têm em Rio Verde um centro de referência.

A cidade se enquadra naquilo que o economista norte-americano Michael Potter chama de cluster. Numa tradução, seria uma concentração regional de diversas empresas de um mesmo setor que competem entre si e se ajudam. Por exemplo: uma empresa de carros se instala próxima a uma de pneus. Depois de um tempo, um fabricante de freios e componentes automotivos passa a trabalhar na região.

Esse processo facilita a produção dos equipamentos, reduz os custos e aumenta a competitividade desse centro, melhorando também a qualidade dos funcionários, graças à presença de instituições de ensino e de pesquisa. Alguns exemplos de clusters são a cidade de Stuttgart, na Alemanha, com fábricas da Mercedes Benz e Porsche e de outros produtores de componentes automotivos, como a Bosch
"Um dos eldorados do Centro-Oeste"
"O agronegócio é a mola de sustentação da nossa economia. Nossas características climáticas, ambientais e a cultura da população, tudo nos direciona para esse setor", enumera Cléber Ávila, superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), órgão federal cujo objetivo é auxiliar na execução de projetos para melhorar a logística e a armazenagem de grãos no Centro-Oeste, para aumentar a competitividade e atrair investimentos.

A Sudeco disponibiliza financiamentos de longo prazo (alguns de até 20 anos) e taxas de juros variadas para produtores rurais e empresários interessados em investir no Centro-Oeste. Em 2015, a expectativa é de que haja aproximadamente R$ 7,1 bilhões para investimentos.

Cléber Ávila destaca que as médias de crescimento do Centro-Oeste nos últimos quatro anos estão na ordem de 10 a 12% e lembra que o objetivo da região é receber cada vez mais empresas. "Queremos que nosso índice de industrialização suba cada vez mais, já que em se tratando de produção de grãos e de proteína animal, o Centro-Oeste já está em uma dianteira grande", diz Ávila.

Rio Verde tem se destacado no cenário regional como uma das principais fronteiras agrícolas por sua capacidade de atrair novos investimentos, como as agroindústrias. "A cidade é um dos grandes eldorados do Centro-Oeste, ao lado de Lucas do Rio Verde-MT e Dourados-MS", afirma Ávila.

Carlos Menezes é natural de Rio Verde. Só saiu da cidade para estudar agronomia e fazer mestrado e doutorado em fitotecnia. Desde 2004, Menezes é gerente de geração e difusão de tecnologias da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), uma das principais empresas da cidade. Para ele, a implantação de indústrias agropecuárias foi um "divisor de águas para Rio Verde".

Menezes lembra que a Comigo, existente há 40 anos, foi a primeira empresa a processar soja no Centro-Oeste. "A cooperativa já tinha uma visão de não só produzir matérias primas, mas de agregar valor ao produto final, gerando mais renda e empregos", afirma. Ele cita ainda a vinda de outras empresas e milhares de pessoas buscando a cidade com o objetivo de crescer junto com o local. "Houve um avanço muito grande na região nos últimos 15 anos em função da nossa vocação para o agronegócio e de quem veio para cá para trabalhar com o setor", diz.

Pesquisa
Rio Verde também tem importantes centros geradores de pesquisas e de inovação. O coordenador geral de pós-graduação do Instituto Federal Goiano – Câmpus Rio Verde, professor dr. Osvaldo Resende, destaca a importância das pesquisas para fortalecer o agronegócio.

"Temos quatro cursos de mestrado e dois de doutorado ofertados no IF Goiano Câmpus Rio Verde, sendo o doutorado em Agronomia o primeiro no interior de Goiás, nas áreas de Agronomia, Agroquímica, Biotecnologia, Zootecnia e Tecnologia de Alimentos. E contamos com 2715 alunos, entre técnicos, estudantes de graduação e pós-graduação", observa Resende. Portanto, um aluno pode ingressar no curso técnico e continuar estudando no IF Goiano até se formar como doutor.

Para Resende, a localização do instituto auxilia na obtenção de recursos para as pesquisas, devido ao financiamento e parceria com empresas interessadas em avanços tecnológicos. "Nem sempre os recursos públicos das agências de fomento conseguem atender a toda a demanda de projetos de pesquisa", explica Osvaldo Resende.

Carlos Menezes, da Comigo, afirma que as portas da cooperativa estão abertas para as instituições de pesquisa e que há projetos em parceria com vários centros geograficamente próximos ou distantes, como a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), de Piracicaba-SP.

"Estamos sempre buscando novas parcerias e cobrando uma presença maior das universidades, já que a Comigo oferece suporte em defensivos, máquinas e implementos de uma forma menos burocratizada que as universidades. Os recursos são liberados de uma maneira mais ágil e isso facilita bastante as pesquisas", diz Carlos Menezes.

Além do Instituto Federal Goiano (antigo Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde – Cefet RV), há outras instituições de ensino superior na cidade, como a Universidade de Rio Verde (UniRV) - antiga Fundação de Ensino Superior de Rio Verde (Fesurv) - a Faculdade Objetivo e a Faculdade Almeida Rodrigues (FAR).

A feira

Em um local com tanta geração de pesquisas, é natural que surgisse um evento para unir e entrelaçar todas as informações e elos da complexa cadeia agropecuária. E assim nasceu a Tecnoshow Comigo, inicialmente com o objetivo de repassar as tecnologias aos agricultores, e hoje a maior feira do Centro-Oeste, sem deixar de lado sua missão inicial.  

A história é assim: até 2002, a Comigo realizava dias de campo e eventos nas fazendas de alguns cooperados, com demonstração de máquinas, genéticas, tecnologias e estratégias de manejo. Os eventos foram crescendo. Mas apesar da boa vontade dos produtores em ceder as fazendas, os organizadores perceberam que os eventos "atrapalhavam" o dia a dia da propriedade, pela correria e a necessidade de parar o trabalho da fazenda, relata Carlos Menezes, que acompanhou desde o início as reuniões para a formação da Tecnoshow.

Então, a Comigo comprou uma área específica para esses encontros tecnológicos, com equipamentos e estrutura adequada: o Centro Tecnológico Comigo (CTC). Com 140 hectares destinados a experimentos agropecuários em produção vegetal e animal, a cooperativa realiza ali suas pesquisas e transfere essas inovações aos produtores locais, por meio de eventos, workshops e outras atividades. 
Informação

Uma das características da Tecnoshow é o repasse de tecnologias ao visitante. Mas como isso ocorre? Os 60 hectares da feira têm em torno de 30 áreas especificas (plots) para apresentar ao visitante o que há de mais moderno no mundo agropecuário.


"Ali, as empresas e instituições de pesquisa e ensino colocam as culturas e apresentam informações de defensivos, manejos, variedades", esclarece Menezes. "Nessas ocasiões, temos um grande número de pessoas envolvidas, que conversam, apresentam, mostram seus trabalhos, discutem e conhecem novas pessoas e ideias. Então, são alguns desdobramentos que possibilitam também a transferência de tecnologia", continua Carlos Menezes.



Há aproximadamente 100 palestras e dinâmicas na programação da feira. Na última edição, os temas variaram de tendências do mercado do boi gordo, cenário do mercado de grãos até o aumento da resistência das plantas à seca. Outros assuntos debatidos foram o aumento de rendimento da soja, o uso eficiente de fertilizantes, as doenças no gado leiteiro, o manejo físico-químico do solo e o manejo integrado de pragas.



Na edição da feira deste ano, também foi falado sobre sucessão familiar na empresa rural e houve apresentação de cultivares de forrageiras de Brachiaria e Panicum, além da produção de silagem de milho, da gestão da propriedade leiteira e gerenciamento da agricultura irrigada. Segundo a organização da feira, 10 mil visitantes acompanharam as palestras.



Já as dinâmicas da pecuária contaram com veterinários, zootecnistas e outros profissionais apresentando temas como doma racional de cavalos, manejo de ordenha, produção de carne de qualidade e aptidão do cachorro como alternativa de manejo. As dinâmicas de máquinas tiveram como destaque equipamentos para ensilagem de capim e milho, que impressionaram pela velocidade e praticidade do processo.

O começo

Carlos Menezes conta que nos anos de 2002 e 2003 os encontros tecnológicos passaram a chamar atenção de mais gente. "Foram muito positivos e despertaram o interesse do sistema Agrishow em fazer uma parceria conosco, que durou cinco anos", diz Menezes. Em 2004, a Agrishow Comigo, como era chamada, teve 150 empresas expositoras e gerou R$ 400 milhões em comercialização, recebendo 40 mil pessoas.



Com o tempo, os números cresceram e outras atrações foram incorporadas à feira: palestras, mini-cursos, dinâmicas de máquinas e pecuária. Em 2009, o contrato com a Agrishow acabou e a feira passou a se chamar Tecnoshow Comigo.



Segundo Carlos Menezes, o crescimento da Tecnoshow foi natural. "Percebemos que havia demanda e espaço. Os cooperados e os visitantes foram ficando satisfeitos com o trabalho e fomos investindo. Uma coisa puxou a outra. Hoje atingimos um ponto de equilíbrio. Já estamos consolidados, agora queremos melhorar a qualidade da visitação e o conforto da feira".




Lançamentos

Em 2015, a Tecnoshow gerou 1,1 bilhão em negócios, com 104 mil visitantes, durante os dias 13 e 17 de abril. Os números consolidam a Tecnoshow Comigo como uma das quatro principais feiras agropecuárias do Brasil, ao lado da Agrishow (Ribeirão Preto-SP), Expodireto Cotrijal (Não-meToque-RS) e Show Rural Coopavel (Cascavel-PR).



Na abertura da feira, estiveram presentes três ministros (Kátia Abreu, da Agricultura, Vinicius Lages, do Turismo e Joaquim Levy, da Fazenda), além do governador goiano, Marconi Perillo (PSDB) e presidentes de entidades como Embrapa e Confederação Nacional da Agricultura (CNA).



No evento, a ministra da agricultura divulgou os recursos para a compra de insumos para a próxima safra, que somam R$ 9 bilhões, lembrando que o produtor rural tem até julho para recorrer ao financiamento. Kátia Abreu também revelou que o Plano Safra 2015/2016 terá os mesmos recursos do ano anterior - R$ 156 bilhões, com ajuste fiscal nos juros.



A Embrapa lançou cinco novas cultivares de soja adaptadas para o Centro-Oeste. Além disso, apresentou mais de 30 soluções tecnológicas na área de pecuária, grãos, frutas, citros e algodão. Destaque ainda para as 18 palestras técnicas promovidas pela entidade sobre produção de leite a pasto, integração lavoura-pecuária e floresta, produção sustentável de trigo no Cerrado, nematóides na soja e manejo de doenças do solo.

Para Alessandro Cruvinel Fidelis, gerente do Escritório de Goiânia (GO) da Embrapa Produtos e Mercado, estar presente em um evento como a Tecnoshow é uma forma de fazer com que as tecnologias desenvolvidas pela empresa sejam adotadas pelos agricultores. 

Fidelis explica que a decisão de quais feiras a Embrapa vai participar é estratégica e pesa nessa avaliação qual o público do evento e o potencial de gerar adoção de tecnologias. "Os produtores são a razão da existência da Embrapa. São eles que adotam as tecnologias desenvolvidas e geram impacto na agricultura brasileira, contribuindo com sua competitividade e sustentabilidade", analisa o gerente.

Fidelis conta que, para cada tema apresentado nas palestras, a Embrapa trouxe especialistas que ficaram à disposição do público para tirar dúvidas e passar mais informações, com um atendimento de mais de 700 interessados, entre produtores, estudantes e profissionais da área.

Alessandro Fidelis cita um caso de sucesso na adoção de tecnologias a partir das feiras: o algodão colorido no Nordeste. "Em 2000, a Embrapa Algodão iniciou suas pesquisas com algodão colorido orgânico. Foram lançadas cultivares de diferentes cores: marrom, verde, azul e vermelho. Essas tecnologias foram adotadas por pequenos agricultores que se organizaram em grupos. Hoje já existe a produção de peças de luxo levadas para feiras internacionais por indústrias que apostaram na tecnologia", conta.

Além disso, diz ele, o produto pode ser usado por consumidores com problemas de alergia a tintas. Assim, as peças adquirem um valor mais alto e os agricultores ganham mais. "Este é um dos exemplos de uma tecnologia que mudou a realidade da região, gerando emprego, renda e oportunidade para as indústrias regionais e para os pequenos agricultores", destaca.

"Outro aspecto das feiras é o contato com potenciais parceiros da Embrapa, que podem ser produtores, empresas de insumos. Especificamente na Tecnoshow, saímos com várias possibilidades de parcerias, principalmente para a disponibilização de linhagens de sorgo, inoculantes para gramíneas, licenciamento de cultivares de algodão, soja e trigo", enfatiza Fidelis.

Entre as 2.500 máquinas expostas na Tecnoshow, algumas chegavam a custar mais de R$ 1 milhão, como as colheitadeiras das marcas New Holland, Case IH, Massey Ferguson e Valtra. Outro destaque foi uma plantadeira de 42 linhas, com 20 metros de envergadura, apresentada pela Tatu Marchesan, por R$ 650 mil.



Plantadeira de 42 linhas, com 20 metros de envergadura. Foto: Paulo Palma Beraldo

Mercado importante
Uma das 540 empresas expositoras da Tecnoshow Comigo 2015 foi a Valtra, fabricante de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas. A empresa está presente no Brasil desde 1960 e sempre participa de diversas feiras agropecuárias. Como destaque, trouxe uma colheitadeira que trabalha com agricultura de precisão equipada com tecnologia de monitoramento à distância, monitor de produtividade e piloto automático.

O gerente comercial da Valtra, Alexandre Vinicius de Assis, explica que os produtores do Centro-Oeste estão se desenvolvendo muito e aproveitam o momento para aumentar a lucratividade. "Hoje, encontramos um cenário positivo na região. Nossa expectativa é que a Tecnoshow atraia a atenção deles (produtores) e incentive os negócios," resume.

A Toyota também marcou presença na feira. O gerente de planejamento de produto e preço da Toyota, Felipe Doho, diz que o critério para escolher as exposições é a necessidade de estar em eventos agropecuários nas regiões em que este mercado está consolidado ou em expansão.

"O mercado do agronegócio é muito importante para a Toyota. Por isso, estamos nas principais feiras do Brasil, como a Tecnoshow. É por meio delas que conseguimos chegar mais perto do consumidor e entender suas necessidades para oferecer produtos melhores", diz. Mais da metade das vendas de caminhonetes da empresa são realizadas em regiões onde o agronegócio é forte.

Bianka Vaz, representante da Bardahl nas regiões de Goiás, Distrito Federal, Maranhão e Tocantins, conta que a empresa participa da Tecnoshow porque tem produtos específicos para o mercado regional. "Nosso objetivo na feira é apresentar os benefícios dos produtos de uma forma mais informal e explicativa, já que a feira traz proximidade com o cliente, o que é muito importante. Nosso foco é fazer contato com os clientes e posteriormente fechar negociações", diz a representante da empresa de aditivos e lubrificantes.




Termômetro
"Nossa feira é um termômetro do que acontece no setor. Nos anos em que a agropecuária está mal, sentimos na feira. Mas uma coisa importante é a visão de que em anos de crise nós não podemos recuar. Precisamos de informação e conhecimento principalmente em tempos difíceis. É nossa prioridade levar conhecimento. Então temos uma visão de médio e longo prazo e não somente momentânea", afirma Carlos Menezes, da Comigo.

Dilvo Grolli, presidente da Cooperativa Agropecuária de Cascavel e idealizador do Show Rural Coopavel, um dos maiores e mais antigos eventos agropecuários do Brasil, diz que o ponto forte das feiras é apresentar sempre as melhores tecnologias.

"Temos que disponibilizar as maiores tecnologias para o agricultor ver o que vai acontecer no futuro e buscá-las. Nós não podemos entrar na lavoura, então nosso papel é mostrar quais são as novidades, oportunidades. E cabe ao agricultor conhecer e ser o introdutor dessas tecnologias para melhorar sua renda". Em 2015, o Show Rural Coopavel completou 26 anos, somando 230 mil visitantes, gerando 2 bilhões em comercialização.

O presidente da Coopavel lembra alguns dados sobre a produtividade da soja e do milho para falar da importância do evento. A média brasileira atual é de 3000 kg/hectare para a soja, com picos de 4.000. A do milho é de 6000 kg/hectare, com picos de 10.000. "No Show Rural, já estamos mostrando que com as variedades, manejos e técnicas adequados, há a possibilidade de atingir 4.800 kg de soja por hectare. Com o milho, já sinalizamos a possibilidade de atingir até 15.000 kg/hectare".

Braz Albertini, criador da maior feira de agricultura familiar do Brasil, a Agrifam, realizada em Lençóis Paulista-SP anualmente, diz que esses eventos são importantes para que o agricultor encontre inovações tecnológicas que nem sempre poderia encontrar sozinho. Braz comenta que a extensão rural no Brasil deixa a desejar, de forma que as feiras podem auxiliar no repasse de tecnologias para os agricultores, ao colocá-los em contato com entidades do agronegócio, instituições de pesquisa, universidades, empresas e demais agricultores.

"As feiras reúnem informações dos mais diversos setores. O agricultor pode tirar um dia para visitá-la e conversar com pesquisadores, conhecer novas técnicas e manejos, assistir palestras, renovar seu maquinário, além de fazer novos contatos", explica.

Benefícios
Como um evento desse porte modificou a cidade? Para o secretário de desenvolvimento econômico sustentável de Rio Verde, Rubens Leão, é "um privilégio" para o município receber a Tecnoshow Comigo, o que consolida a cidade como uma referência no agronegócio brasileiro.

"Durante os cinco dias de Tecnoshow Comigo, a cidade tem a oportunidade de se mostrar para todo o Brasil. A feira transcendeu os limites do município e de Goiás e criou condições para mostrar que Rio Verde faz jus ao título de cidade pólo do agronegócio", salienta Rubens Leão.

Rubens Leão destaca que o evento promoveu uma mudança significativa em todos os aspectos da cidade. "A feira atrai inovações tecnológicas de última geração e permite aos produtores conhecerem novidades apresentadas pelas principais empresas do ramo agropecuário e informações científicas. O produtor só tem a ganhar em termos de melhorias no rendimento da produção, possibilitando assim a expansão do agronegócio em Rio Verde", diz o secretário.

Hotéis, restaurantes, bares, postos de combustível e o comércio em geral são beneficiados com visitantes de todos os estados e até de outros países. "A cidade vive uma movimentação muito acima do habitual. A realização da feira impacta muito a economia de Rio Verde e região, pois até os hotéis das cidades vizinhas ficam lotados em função da alta demanda de visitantes (mais de 100 mil)", diz Leão.

"Rio Verde é um epicentro do agronegócio. As coisas acontecem aqui, a força da cadeia de grãos, seus desdobramentos. É o lugar perfeito para a Tecnoshow", define Carlos Menezes, da Comigo. A próxima edição da feira está marcada para 11 e 15 de abril de 2016, em Rio Verde-GO.