Braz Albertini: de agricultor familiar a presidente da Fetaesp
Entrevista com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo, a Fetaesp
Texto, foto e vídeo: Paulo Palma Beraldo
Braz Agostinho Albertini é figura conhecida quando se fala de agropecuária no estado de São Paulo.
Desde 2001 é presidente da Fetaesp e participa do Conselho Superior do Agronegócio, órgão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Já apareceu nos principais jornais do país e em meios de comunicação voltados para o agronegócio. Seja para falar sobre agricultura familiar ou para representar os trabalhadores rurais.
Braz Agostinho Albertini é figura conhecida quando se fala de agropecuária no estado de São Paulo.
Desde 2001 é presidente da Fetaesp e participa do Conselho Superior do Agronegócio, órgão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Já apareceu nos principais jornais do país e em meios de comunicação voltados para o agronegócio. Seja para falar sobre agricultura familiar ou para representar os trabalhadores rurais.
Além disso, foi ele um dos idealizadores da Agrifam, a maior feira da agricultura familiar do Brasil, realizada no interior de São Paulo desde 2003. Segundo ele, o propósito da feira é "levar conhecimento e tecnologia para os agricultores familiares".
Braz é da cidade de Regente Feijó e se orgulha de dizer que "mora no mesmo sítio onde nasceu". Ia para a escola a cavalo e terminou a quinta série com 18 anos. Trabalhou na lavoura até os 27.
Braz é da cidade de Regente Feijó e se orgulha de dizer que "mora no mesmo sítio onde nasceu". Ia para a escola a cavalo e terminou a quinta série com 18 anos. Trabalhou na lavoura até os 27.
Concluiu a faculdade de Matemática. Entrou no movimento sindical em 1977 e durante todos esses anos se tornou um líder conhecido em São Paulo, sem deixar de lado o gosto pela terra e as origens de agricultor familiar. Durante alguns anos, trabalhava de dia na roça e de noite dava aulas de matemática.
No sítio em Regente Feijó, planta pêra asiática e tem "alguns pés de frutas". A pêra asiática, aliás, foi levada a Brasília quando Braz se encontrou com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (2002-2010). A foto do momento em que entrega o presente a Lula está registrada em uma fotografia no seu escritório, na sede da Fetaesp, em Bauru.
Os quase 40 anos de sindicalismo já o fizeram ir longe. Literalmente. Conhece países como Estados Unidos, Chile, Venezuela e Cuba. "Eu conheci a Califórnia, aquela região da produção frutas. Para quem gosta de agricultura, e eu gosto, é emocionante, muito bonito mesmo".
No sítio em Regente Feijó, planta pêra asiática e tem "alguns pés de frutas". A pêra asiática, aliás, foi levada a Brasília quando Braz se encontrou com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (2002-2010). A foto do momento em que entrega o presente a Lula está registrada em uma fotografia no seu escritório, na sede da Fetaesp, em Bauru.
Pêra asiática no seu sítio, em Regente Feijó. Foto: Arquivo Pessoal/Braz Albertini |
Na entrevista a seguir, Braz conta sobre as mudanças no movimento sindical nesses anos, a atual situação da classe. Discute sobre a imagem e os desafios da agricultura familiar no Brasil: "Nós também somos agronegócio. Agricultor familiar também compra máquinas e equipamentos sim. Em São Paulo, temos uma agricultura familiar muito forte", argumenta.
Defende que o que falta para a agricultura familiar se desenvolver mais é "decisão política" e costuma dizer que, para esse segmento, a extensão rural é imprescindível.