Parque Histórico de Carambeí: um pedacinho da Holanda no Brasil

O De Olho no Campo conheceu o museu ao ar livre que homenageia a colônia holandesa no Paraná


Era 1911 quando três famílias holandesas deixaram suas terras para vir ao Brasil. A região escolhida foi oeste do Paraná. Ali existe forte influência holandesa. Crianças aprendem holandês para guardar a memória de mais de 100 anos. Cidades como Arapoti, Castro e Carambeí, onde está situada a sede do Parque Histórico construído em memória dos primeiros imigrantes, são quase como um pedaço da Holanda no Brasil. 

A região de onde as primeiras famílias vieram foi a Frísia, no extremo norte holandês. E ao longo de mais de 100 anos, muita história foi construída em torno dos três pilares cultivados pelos imigrantes: educação, religião e cooperativismo. 

Cooperativismo, aliás, foi o que permitiu que esses imigrantes inaugurassem, em 1925, a primeira cooperativa do Brasil. Na região existem grandes empresas como a Batavo e a Castrolanda, as duas fundadas por descendentes de holandeses. 

Atualmente o Paraná tem mais de 100 mil produtores de leite, com produção de 2,7 milhões de litros/ano. Os Campos Gerais receberam o primeiro rebanho puro da raça holandesa em 1947. 

E graças ao melhoramento genético, hoje a produção de leite regional é de aproximadamente 20 litros por animal, em comparação com os 4 litros da média nacional. Hoje a região dos Campos Gerais é um dos maiores centros da produção leiteira no Brasil. 

Parque Histórico
O Parque Histórico de Carambeí (PHC) foi criado em 2001 para preservar e difundir a história da imigração holandesa nos Campos Gerais do Paraná. Localizado em Carambeí, 125 quilômetros de Curitiba, a estrutura está disposta em 100 mil metros quadrados. 

Vale ressaltar que o local é fruto de uma parceria entre a Associação do Parque Histórico de Carambeí e a Cooperativa Agroindustrial Batavo. Além delas, algumas empresas apoiaram a construção de espaços ali, como o caso da Massey Ferguson e o Museu do Trator, e a TetraPak e o laticínio. 

Existem diversas áreas onde se pode conhecer como era a vida dos holandeses, com destaque para o Museu do Trator, com máquinas e implementos agrícolas antigos. Curiosidade: os holandeses foram pioneiros no Brasil na implantação do sistema de plantio direto. 

Além disso, há os Museus do Leite e da Madeira, um matadouro, uma fábrica de laticínios, uma escola, uma igreja e até uma casa de marcenaria. Veja abaixo algumas fotos do local. 



Horário de funcionamento:
O parque fica aberto de terça a domingo das 11h às 18h.
Mais informações estão disponíveis no telefone (42) 3231.5063 ou pelo site http://aphc.com.br/