"Quem não está na Internet, está fora do jogo"
Paulo Palma Beraldo
A primeira vez que vi Rodrigo Mesquita foi no 13º Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em agosto de 2014, em São Paulo, no qual o De Olho no Campo participou a convite da Abag-RP.
A primeira vez que vi Rodrigo Mesquita foi no 13º Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em agosto de 2014, em São Paulo, no qual o De Olho no Campo participou a convite da Abag-RP.
Na ocasião, Rodrigo (de óculos na foto ao lado) foi palestrante e comentou sobre novas tecnologias e sobre como o setor agropecuário deve trabalhar com a Internet. Dizia ele que o setor estava "perdendo de W.O", que é quando uma partida acaba porque não há outro rival para disputar.
Rodrigo explicava que o agronegócio precisa participar mais na Internet. "Mostrar o seu lado da história".
Aos 60 anos, Rodrigo Mesquita já trabalhou com muita coisa. Nos últimos anos, tem estudado a tecnologia de informação no agronegócio e em outros setores da economia.
Um novo mundo
A Internet mudou tudo. Está,
cada vez mais, em todos os lugares. As regras do jogo são outras. Da
economia até as relações pessoais. Lembre-se: o Brasil tem mais de 250 milhões de celulares,
para 200 milhões de pessoas.
Faça um teste. Vá a algum local movimentado: escola, banco, restaurante, shopping, metrô, ônibus. Dificilmente você não vai encontrar alguém olhando para a tela do aparelho. Há cinco, seis anos atrás, a situação não era bem assim. E como será o futuro? Difícil saber.
O crescimento econômico e o progresso não se realizam mais no espaço
físico, mas também no espaço virtual.
A comunicação sentiu esse golpe.
Durante muitos anos, redes de televisão, rádio, jornais e revistas eram o centro de produção de conteúdo. A Internet rompeu esse modelo. Hoje o indivíduo é o centro do processo.
A computação e as telecomunicações tiraram o domínio das grandes
empresas de informação. Quebraram as barreiras.
Esses meios continuam tendo sua
importância e sendo relevantes, sem dúvida, porém o sistema foi abalado. Alguns
importantes jornais e revistas fecharam recentemente. E é de conhecimento
geral que as empresas precisam repensar seus modelos de negócios.
Alguns pesquisadores dizem que no
futuro, aproximadamente em 2025, existirá algo chamado de Internet das
Coisas. De uma maneira simples: muito mais aparelhos estarão conectados.
Desde os nossos óculos, tênis, televisão, câmeras, softwares e o que você
imaginar.
E é por isso que o entrevistado de hoje
é o jornalista Rodrigo Mesquita, que iniciou sua carreira como repórter em
1976, no Jornal da Tarde (de propriedade do Estadão e extinto
em 2012). Ocupou vários cargos ali até ser diretor de redação.
Em 1988, Rodrigo passou a ser diretor da Agência Estado, também de propriedade do grupo. Ali, desenvolveu o projeto Broadcast e transformou a agência na empresa líder do mercado nacional de informação eletrônica para o mercado financeiro. Essa experiência criou o primeiro site de informação jornalística do Brasil.
Rodrigo também participou do Meedia
Lab, laboratório de mídia do Massachussets Institute of Technology
(MIT), grande centro acadêmico dos EUA, tanto na área de tecnologia como de
outros setores.
Nessa experiência, Rodrigo conviveu com pessoas que planejaram o desenvolvimento da Internet como a conhecemos hoje. E trouxe ideias para o Brasil.
Atualmente, ele é sócio diretor
da NetNexus, empresa de monitoramento
estratégico e inteligência competitiva.
Nas inúmeras publicações de Rodrigo
Mesquita na rede, encontrei uma que acho relevante dividir com você.
“O sertão exercia, sobre aquela gente,
a mesma atração que exerceu o mar para seus pais ou avós portugueses. Diante do
sertão, como diante do mar, é o mesmo assombro, é a mesma impressão de infinito
e de eternidade, é a mesma vertigem”, escreveu José de Alcântara Machado, no
clássico Vida e Morte do Bandeirante. Ele falava dos paulistas e do movimento
que levou à conquista do espaço territorial do Brasil. Se ele vivesse hoje,
estaria falando da internet, a rede: os novos sertões, a última fronteira a ser
desbravada e ocupada.
Na conversa, que durou mais de uma
hora, falamos sobre inovações tecnológicas, o projeto da Agência Estado, as
novas possibilidades de interação com o público criadas pela Internet e as
perspectivas da comunicação e do jornalismo.
O senhor começou a pesquisar e se
informar sobre computação, softwares e telecomunicações em uma época na qual
poucos no Brasil falavam disso. O que te motivou a mergulhar nesse tema, ainda
nos anos 1980?
Rodrigo Mesquita: Eu praticamente nasci dentro de uma redação.
Comecei a trabalhar muito cedo no Jornal da Tarde. O meu objetivo era ser
jornalista e ponto.
Nunca imaginei que um dia iria virar empresário ou administrar uma empresa. Mas... quando entrei no Estadão, já era uma empresa de terceira geração. A minha geração é a quarta.
Depois de alguns anos, passei a viver crises recorrentes e a reação sempre era fazer corte de custos. A empresa não pensava em fazer nada novo.
Em uma determinada altura da minha vida profissional ali dentro, achei que se alguém da própria família não tomasse a iniciativa de pensar em novos negócios, de tentar inovar, ir para frente, iríamos mais cedo ou mais tarde sucumbir.
Como o senhor enxerga a crise nos jornais?
A crise que hoje afeta os jornais do
mundo inteiro começa na realidade no final da década de 1940, em função da
multiplicação dos 'porta-mídias'. Tudo passa a ser espaço para publicidade.
Desde balcão de supermercado, banheiro de bar e até cadeira de avião.
Com a evolução das tecnologias e paulatinamente a multiplicação de devices eletrônicos, a situação fica mais crítica. Os classificados migram para estruturas como o Google, Yahoo, E-bay, Facebook, etc. Isso criou um verdadeiro tsunami no faturamento das empresas jornalísticas. A base de receita dos jornais são os pequenos anúncios, os classificados, que foram engolidos pelos gigantes da tecnologia.
Como foi o processo de restruturação da
Agência Estado, a partir de 1988, que a transformou na maior empresa do ramo no
Brasil?
O Estadão sempre teve uma relação muito
boa com as agências de notícias. Uma dessas agências era a Reuters,
hoje Thomsom Reuters, sediada em Londres.
A empresa nasceu em 1851, voltada para o mercado financeiro. Servia basicamente o Império Britânico e grandes personagens do mercado financeiro da época.
Entre as duas guerras mundiais a Reuters se volta para o mercado de comunicação social. Neste período, os jornais se transformam em grandes empresas Grandes e médios criam suas próprias redes de informação internacional. O mercado da Reuters começava a diminuir.
Nos anos 1970, a empresa começa a olhar
para a emergência das tecnologias da informação. Ela cria um serviço de
informação para o mercado financeiro que carregava cotações das bolsas e
notícias que afetam o mercado financeiro. É dai que vem o conceito de
tempo real, que vale para as cotações, que têm que estar na tela do usuário com
um intervalo de no máximo 1 segundo e meio. Notícia não tem tempo real.
Uma notícia de um ano atrás pode ser um furo amanhã.
De situação precária, a Reuters passa a
ser considerada uma referência em coisas modernas. Passa a ser grande foco
de atração para todo mundo do setor. Uma referência.
Este reposicionamento da Reuters foi uma referência para a a reflexão que eu estava começando a fazer.
No final dos anos 1980, o Financial
Times (jornal britânico) também faz uma grande reestruturação. A ideia era: não
somos uma empresa jornalística, somos uma empresa de informação.
Começo a mergulhar nisso, estudar cada vez mais. Para propor então ao grupo que mergulhássemos na tecnologia.
E só tinha uma forma de entrar: o mercado financeiro, o único que estava aparelhado para receber informação por computador e que tinha disposição para pagar pelos serviços na época. Daí se cria a Broadcast, serviço de distribuição de informações do mercado financeiro em tempo real, em 1991.
Com isso, a agência se transformou na
plataforma de aprendizado para trabalharmos com computação, softwares,
telecomunicações e entrar nesse novo mundo que estava sendo estruturado pela
evolução das tecnologias de informação.
Em 2002, o senhor sai da Agência Estado. A partir de então, em que tem trabalhado?
Tenho trabalhado com o conceito de
rede, em processos de ativação de redes sociais, que não são as plataformas
(Facebook, Twitter, Youtube, Google+, Tumblr etc etc etc). Redes sociais são as
bases de processos de relacionamentos que podem se articular através destas
plataformas. Ativei uma rede em Birigui-SP, cidade que faz sapatos infantis com
muitas indústrias. Tinha um número grande de empresas médias e pequenas.
Estruturei ambientes de rede onde eles podiam conversar entre elas, sobre problemas comuns, melhorar o relacionamento com fornecedores. Teve um certo resultado. Trouxemos alguns benefícios, mas não foi uma coisa que explodiu. Estávamos aprendendo.
Também teve um trabalho semelhante em
Jaú-SP, produtora de calçados femininos. Em Marília-SP, no ramo da indústria
alimentícia, também trabalhamos.
Na época, não havia boa infraestrutura. A Internet era muito ruim, ainda não tinha todas as ferramentas que temos hoje. E nós também estávamos aprendendo. Colocar as pessoas trabalhando colaborativamente é bem mais complexo do que parece.
Hoje qual a maior barreira para a
economia digital?
É a barreira cultural. Olha, você tem
21 anos, praticamente nasceu com a rede. Você pensa com ela de uma forma mais
harmônica. Os donos de empresas, não. Eles ainda não se adaptaram a isso.
Cada vez mais têm consciência clara que
não se pode fugir da Internet. É uma estrutura que afeta todos os processos de
relacionamento. Sociais, políticos e econômicos e os de negócios estão contidos
aí. Mas a consciência disso dá mais medo. A mudança sempre traz medo.
Costumo dizer isso para todo mundo: se
não estiver na Internet, está fora do jogo.
Como o senhor enxerga o futuro da indústria da comunicação?
O país vai evoluir muito ainda nesse
sentido. Mas eu acho que, historicamente, os jornais vendiam porque vendiam
relacionamento. Se fizeram sobre essas bases. O jornal é uma plataforma de
relacionamento da comunidade onde ele está inserido.
A noticia não é um fim. É um convite
para participação, para reflexão. O Marshall McLuhan (pesquisador canadense)
tinha uma bela frase que eu gosto muito: News, more than art, is artefact.
Notícia, mais que arte, é um artefato. Eu sempre tive isso muito claro.
O papel das empresas de informação é contribuir
para os processos de articulação da sociedade. As notícias não nos dizem o que
fazer ou o que pensar, mas são um convite para navegar, para participar.
Eu acho que as empresas devem se pensar
como multiplataforma. Terem consciência que cada vez mais as pessoas vão usar
como device o celular. Bem mais do que o tablet.
Essa é a evolução natural que estamos
vivendo. O crescimento do tablet foi uma loucura, o dos celulares está sendo
mais ainda.
Isso devia ter começado em 1995, pelos
jornais. Mas eles só acordaram muito recentemente. É preciso ter uma visão de
conjunto de serviços para serem vendidos.
Era uma indústria que vivia dos
classificados e, a partir da emergência da Internet, claramente passa a
encontrar problemas.
É aquela comparação do rio e dos
riachos. Antes, todo o dinheiro vinha do grande rio. Agora, terá que vir de
dezenas, centenas de pequenos riachos.
E como as empresas, não só as de
jornalismo, devem trabalhar nesse ambiente?
Hoje em dia todo profissional é um
profissional da informação. E toda empresa é uma empresa informação. Nos
Estados Unidos isso é muito mais claro do que aqui, é um país muito mais
conectado que o nosso.
Mas mesmo aqui as pesquisas já mostram que os jovens, da adolescência
aos 30 anos, se relacionam hoje com as marcas diretamente. Eles não querem
intermediário. E as empresas começam a se estruturar para ter este
relacionamento com consumidores, fornecedores, a sociedade pela internet.
Boa parte tem um site que é mostruário,
uma vitrine, não é plataforma de relacionamento. Agora tem outras que estão
trabalhando com o conceito de relacionamento com seus públicos.
O Facebook, o Twitter, Youtube e
outros... nada disso é rede social. São plataformas. Rede social é como
você articula o seus relacionamentos usando essas plataformas. Essa é a
premissa do Netnexus e do trabalho que realizamos.
No setor do agronegócio, posso citar
como bons exemplos a Aprosoja, Abrapa, Abag. São muito mais que sites
estáticos. São serviços.
Mas acredito que as empresas do
setor de agronegócios se relacionam muito menos do que poderiam e deveriam se
relacionar, já que elas têm problemas comuns. Nesse sentido, não tem
muita coisa estruturada no agronegócio.
Recentemente foi lançado um estudo que entrevistou mais de 2.500 líderes
de empresas, homens de negócios, cientistas, desenvolvedores, visionários,
legisladores etc. Tudo sobre a questão do futuro da Internet, em um mundo bem
mais conectado. Com aspectos positivos e negativos. Os próximos 10 anos. Qual
seu balanço?
O objetivo do trabalho não é conclusivo
(veja neste link http://www.pewinternet.org/2014/07/14/the-internets-turbulent-next-decade/).
Ninguém tem um quadro conclusivo sobre as consequências deste processo.
O objetivo do estudo é fornecer elementos para cada um interpretar este futuro à sua maneira. No curto prazo, sou pessimista sobre este processo. Especialmente no Brasil, onde as lideranças não estão preparadas para tratar o assunto.
Mas a médio e longo prazo, sou
muito otimista em relação a esse mundo novo. Composto também pela tecnologia,
já que ela compõe o meio ambiente.
Você vai ter uma economia mais fluida,
menos centralizada. As pessoas, para se dar bem na vida, não vão precisar
acumular tanto. Porém, até lá vamos passar por fases de maremoto. E o Brasil
está muito mal preparado para isso.
O estado brasileiro tinha que estar
investindo violentamente em educação e infraestrutura tecnológica. Em educação
pensando também o novo.
Tecnologias bem trabalhadas, bem
pensadas, permitem que você construa atalhos para dar saltos sobre o passado
que você carrega.
E não vejo isso acontecendo no Brasil.
Não vejo empresas se preparando para isso, não vejo classe política consciente
deste processo, não vejo a mídia promovendo a discussão deste processo na
sociedade.
Os jornais, tanto aqui quanto lá fora,
não estão discutindo a crise deles, consequência dessa evolução tecnológica que
está e vai revolucionar ainda mais o mundo que vivemos.
O que dizer do cenário político
nacional em relação a isso?
Pegue o exemplo dessa eleição. Uma
tristeza. Nem mesmo dos problemas do século 20 foram debatidos, trazidos para o
público. Muito menos questões como essa.
O mundo que eu vejo é aquele mundo que
eles descrevem ali no estudo, imersivo, onde a Internet está em tudo. Tudo pode
ser localizado, tagueado. Enormes bases de dados conectadas a tudo. E isso terá
impacto em todos os processos: econômicos, sociais e políticos.
Não há uma referência de um ponto de
reflexão sobre isso. Tem algumas pessoas, pontuais. A sociedade como um todo
não tem noção do que está acontecendo.
Isso me preocupa e me deixa pessimista
sobre os próximos 10 anos. Vamos perder oportunidades de dar alguns saltos que
seriam possíveis se fossem feitas reflexões mais profundas.
Agora, a médio e longo prazo sou
otimista. Acho que essa evolução vai trazer soluções para os problemas
ambientais, de água, de ocupação territorial. Isso tudo que nós enfrentamos, a
solução vai ser em função de evolução tecnológica. Por exemplo, o que vai ser
da energia eólica no futuro? O desperdício de água? E mesmo questões
ambientais.
No processo de ocupação do território
brasileiro, considerando os 500 anos em que isso ocorreu, foram cometidos alguns
erros graves. Não se resolve isso por decreto. É um processo e uma reconstrução
aos poucos.
O agronegócio é um grande exemplo. Ele
evoluiu muito nos últimos 10, 20 anos. Evoluiu demais. Desde a forma de
plantar, que isso tem impacto ecológico, até a forma como as lideranças se veem
junto à sociedade.
Como começou sua relação de trabalho atual com o agronegócio?
Há dois anos, fui chamado pelo Luiz
Caio Corrêa Carvalho, presidente da Abag. Ele queria melhorar a comunicação no
setor.
Começamos a conversar. Ficamos um ano
conversando, estruturando projetos, conversando com o conselho da Abag,
participando de eventos.
E agora partimos de fato para a ação. E
estamos aí prestando serviços com o Netnexus. Que na verdade é um produto que pode
ser utilizado por qualquer setor. Usamos os processos do Netnexus num ambiente
digital cujo objetivo é promover o fortalecimento da governança do setor. Fazer
ele ser mais presente na rede.
Fazer as lideranças do setor
acompanharem alguns fluxos de informação de forma comum. Não são informações
que eu vou gerar para eles. São informações que saem de processos de agregação
que nós levantamos.
Por exemplo: uma determinada entidade
vai organizar um evento. Além dos meios de comunicação tradicionais para
divulgar, pensamos em criar processos dentro da rede.
Apresentar o evento de uma forma
diferente. Não somente anunciando, mas trazendo o tema, provocando o tema na
rede. E depois acompanhando a repercussão disso.
Outro exemplo: se tem uma crise
qualquer, a lagarta atacando em alguma região. Você também promove aquilo, gera
uma discussão.
Nós nunca seremos os protagonistas, os
líderes do agronegócio são os protagonistas. Nós somos o meio para eles
fazerem. Posso, numa consulta, dizer, olha: isso pode não funcionar... olha,
aquilo pode funcionar muito bem. Mas não ser protagonista.
Como o agronegócio deve se comportar
nas redes sociais?
O agronegócio precisa aparecer mais nas
redes sociais. Precisa mostrar que onde tem agronegócio, geralmente, o lugar
tem um IDH melhor, a renda per capita costuma ser melhor. Existem regiões onde
o agronegócio foi alavanca para desenvolvimento. E você vê pouco isso.
É fundamental eles irem para rede e
apresentarem as coisas deles. Não é entrar em debate. É vender a
perspectiva deles, sair da toca.
É entrar, mostrar o que tem de
positivo, mostrar que investem em ciência, que existem programas para os seus
usuários. Que não são empresas vendidas, terroristas, como o ambientalismo mais
rasteiro coloca de uma forma irresponsável.
Quando teve a discussão do Código
Florestal eram publicadas coisas absurdas. Se um sujeito estrangeiro chegasse
aqui diria: bom, o agronegócio brasileiro é composto por pessoas
irresponsáveis, o que não é verdade.
Entidades ambientalistas estão aí, têm
seu papel. Mas o agronegócio e suas empresas também precisam mostrar seu lado. Não pode tachar um disso, outro daquilo.
Cada um tem de mostrar suas partes.
Como em todo setor, tem gente que não
presta. Mas, como um todo, basta ver os números, em todas as métricas que você
quiser, o agronegócio avançou em todos os sentidos. Isso precisa ser
mostrado.
O De Olho no Campo agradece pela entrevista de Rodrigo Mesquita.