Carne: Brasil quer aumentar exportação

As associações brasileiras de exportadores de carne bovina, de frango e suína irão trabalhar para a abertura de novos mercados. A meta é aumentar as exportações destas carnes em um milhão de toneladas. No ano passado, o Brasil exportou 5,652 milhões de toneladas, ou seja, o volume suplementar vai representar um aumento de 17,7% na quantidade embarcada atualmente.

O objetivo foi definido esta semana em reunião entre os presidentes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, o diretor da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer, o diretor de negociações internacionais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Marcio Lima, e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Maurício Borges.

“Esta é uma meta que o secretário [Ricardo Schaefer] levantou. É uma meta sem prazo, mas é viável, para a entrada em mercados que estão fechados para nós”, explica Ricardo Santin, diretor de Mercados da Ubabef, que também participou do encontro. A reunião foi realizada na sede da entidade em São Paulo.

Santin conta que não foram definidas quantas toneladas devem ser exportadas a mais para cada tipo de carne, mas afirma que a meta para o setor de frangos este ano é exportar quatro milhões de toneladas. No ano passado, foram enviados ao exterior 3,891 milhões de toneladas da ave.

O diretor de Mercados da Ubabef revela que o setor tem como objetivo abrir mercados como o da Indonésia e da Malásia, que também compram frango halal, como os árabes, e passar a vender para a Índia, que apesar de permitir a importação do frango brasileiro não compra do País.

Sobre os países árabes, Santin explica que, como a maior parte do Oriente Médio já é grande compradora do frango brasileiro, a meta na região é aumentar a competitividade do produto nacional. “Queremos melhorar o perfil das vendas, colocando mais produtos de valor agregado. O Oriente Médio está entre nossos melhores clientes. Vamos fazer ações de fortalecimento, de melhoria da nossa competitividade”, diz.

De acordo com Santin, a reunião desta semana foi um primeiro passo para o aumento das vendas de carnes ao exterior. “Cada entidade vai passar suas prioridades para o governo, para a determinação de ações conjuntas. Este é um esforço conjunto do setor de carnes e do governo para aumentar a exportação”, explica.

Na Copa do Mundo, a Apex irá promover duas ações voltadas à exportação do setor, o Projeto Comprador, que trará importadores ao Brasil, e o Projeto Imagem, que trará jornalistas estrangeiros ao País. “Vamos mostrar uma imagem de um Brasil que não é só do futebol, mas da qualidade e da sustentabilidade”, completou Santin.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba)
Foto: Acessgambia.com